segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para o Boletim da Arpic de Outubro, preparei a seguinte página:

O CANTINHO DA POESIA, PENSAMENTOS,  CONTOS E OUTROS…..

Outubro, dias mais pequenos, mais frescos, regresso às escolas, Outono…


Outono! Árvores despidas
Lembram-nos entristecidas
Uma despedida do Verão,
Uma saudade dessa estação.

Mas ao mesmo tempo,
É um deslumbramento
Ver a natureza se transformar
As folhas caem e andam no ar,

O Sol tem um brilho especial,
E toda a beleza natural
É como um local encantado
Onde tudo é mais dourado

Porém, há uma certeza
O Outono é a natureza
A mudar, a envelhecer,
Mas que voltará a renascer!

No homem não é assim
As estações da vida têm fim,
E mesmo sem as esquecer,
Acabam, não há rejuvenescer!

E porque no Homem as estações da vida têm um fim, sinto-me no Outono da vida, com saudades da Primavera e do Verão quando olho o espelho, mas interiormente com uma serenidade nunca dantes alcançada e ainda muita força para viver.


O seu olhar deslizou para o lado
Pousando no vidro frio do espelho,
(Ela raramente olhava para o espelho)…
Quedou-se de um modo velado.
Durante o tempo que decorrera
em que encontrara o seu eco,
Algo desaparecera.
Olhou-se…
Avaliou-se…
Sabia o que perdera,
Este reflexo agora pertencia
a uma mulher adulta,
substituia o outro que não esquecia,
mas que partiu, já não existia.
Não restava espaço para a juventude
Para a frescura de outrora,
Restava apenas a plenitude
Restava apenas a serenidade,
Concedidas pela idade,
A gozar pela vida fora!                                             

Maria Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário