Desabafos....
O
ano de 2021 foi para mim um ano muito intenso. Para além da família ter
aumentado, mais um neto nascido em plena pandemia, a palavra "mudança" marcou
este ano em vários sentidos. Muita ansiedade, muita luta, mas sinto gratidão
por tudo o que se conseguiu realizar.
Para 2022 desejo a concretização da aventura iniciada este ano e, sobretudo desejo saúde, paz e alegria para toda a família.
“Não
importa se a estação do ano muda, se o século vira, se o milénio é outro. Se
a idade aumenta. Conserva a vontade de viver, não se chega a parte alguma sem
ela”
Fernando
Pessoa
Que
tenhamos vontade de viver, que tenhamos a capacidade de sermos felizes.
Foi um dos melhores presentes de Natal que já recebi.
Através deste livro, vou deixar ao meu
neto muitas informações/recordações para que ele possa conhecer melhor a sua
avó e as suas origens. Poderá conhecer melhor o seu pai através da sua infância
e juventude, tudo o que possa ter contribuído um pouco para a construção da sua
personalidade.
Eramos
felizes e não sabíamos. Hoje sentimos falta das coisas mais simples do dia-a-dia, às quais não dávamos valor, até
daquelas que tanto reclamávamos e que agora não podemos fazer.
Neste Natal não quero essa troca de presentes que não se abrem em solidariedade.
Não quero saber de cartões a granel, vazios de originalidade.
Não quero amarguras que se guardam como lixo debaixo do
tapete
Não quero ver à minha volta
sofrimento, dificuldades em tantas famílias e até fome, no maior contraste àqueles que andam num corre corre ao consumismo- mas sinto-me impotente sem nada poder
fazer...
Tragam Saúde, Paz e amor. Simplesmente isso. Podem vir em embrulhos
adornados com laços de todas as cores...
Que
não nos falte a esperança a lembrar-nos que há outros Natais e que o nosso
melhor presente seja mesmo esse:
Saúde, Paz e Amor
O Inverno também tem o
seu encanto, quando temos agasalho, um sorriso quente e um grande abraço.
21/12/2021
Certo dia, Thomas Edison chegou a casa com um bilhete para a mãe:
Ele disse, "o meu professor deu-me este papel para te entregar só a ti":
Os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para o seu filho: "o seu filho é um génio. Esta escola é muito pequena para ele e não tem professores suficientes nem ao seu nível para o ensinar. Por favor, ensine-o você mesma."
Depois de muitos anos, Edison tornou-se um dos maiores inventores do século.
Após o falecimento da sua mãe, resolveu arrumar a casa quando viu um papel dobrado no canto de uma gaveta. Pegou nele e abriu. Para sua surpresa era a antiga carta que o seu professor tinha mandado para a sua mãe, porém o conteúdo era outro, não o que a sua mãe tinha lido anos atrás.
"O seu filho é confuso e tem um problema mental. Não vamos deixá-lo vir mais à escola!!"
Edison chorou durante horas e escreveu no seu diário: "Thomas Edison era uma criança confusa, mas graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o génio do século."
Existem certos momentos da vida em que é necessário mudar "o conteúdo de uma carta" para que o objetivo seja alcançado.
O mar é
espaço da nossa identidade coletiva e um horizonte aberto. Descanso os olhos
na sua beleza e perante essa imagem abrem-se os meus sentidos e isso acalma-me.
Há uma
magia especial que denuncia um sentimento intemporal.
Queria
pegar em algumas palavras para traduzir a ideia dessa magia, mas não consigo adjetivos
que possam definir a sua beleza e o seu efeito na minha mente.
Uma magia
que traduz sentimentos controversos: a pequenez perante tamanha imensidão, a serenidade,
que se transforma por vezes em ira, que provoca o temor contra a sensação de
calma na maioria das vezes transmitida, enfim uma infindável mistura de sentimentos.
E é
quando ele demonstra a sua fúria, o seu poder sobre a terra parecendo querer
engoli-la que se torna assustador e nos reduz a uma indefesa pequenez.
Talvez
seja esse poder, que oscila entre a serenidade e a fúria, que nos transmite uma
enorme sensação do mistério que nos rodeia, perante tamanha beleza “O mar”.
