quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fazer anos….

O tempo passa sem dó, nem piedade,
O espelho denuncia as marcas do tempo,
Da frescura da juventude, fica a saudade,
Mas, festejar a vida, é um encantamento.

Na quietude que o momento consente,
Aqui estou para mais um ano desejar
Saúde, felicidade para o futuro, e presente
Tchim, tchim…, à vida quero brindar!



Maria Dias

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O CANTINHO DA POESIA, PENSAMENTOS,  CONTOS E OUTROS…..

Setembro, o mês em que nasci, por isso o meu mês.
Nos meus tempos de juventude ainda era um mês de férias. Actualmente, é por excelência um mês de transição, das férias para a labuta dos dias de escola e trabalho, os dias a ficarem mais pequenos e o Outono quase à porta.

Estamos de volta à Academia Sénior, à Arpic, reencontros, de volta ao convívio. Com muito pena minha, não estive presente nas actividades de final do ano, dado que a minha mãe foi hospitalizada em Junho. Foram momentos difíceis de gerir e agora que mais uma estrela brilha no céu, fica a saudade que será eterna.

Tinha feito este poema em 2012, agora só o concebo acrescentando:

A Morte

Ela chega de mansinho
Sempre sem avisar,
Vem devagarinho
Para todos surpreender,
E se chega devagar,
Vai embora a correr.

Vai, e leva com ela
Alguém que nos é querido,
É uma dor singela
Tão forte, amor sofrido,
O desejo de não ser verdade,
De esquecer aquele momento,
O querer fugir à realidade
E acabar com tal sofrimento.

Tínhamos esquecido
De que temos de morrer
E quando o homem
Fala da eternidade
É como um cego
Que não quer ver,
Mas a morte é natural
E não tem rival…

2012

Ah mas não sei se é para a dor amenizar
Ou talvez na esperança de ainda te abraçar
Que na Eternidade quero acreditar!

16.08.20014

         

Maria Dias

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Certo dia o burro de um aldeão
caiu num poço e fartou-se de zurrar,
zurrou tanto, que o dono inquieto
por não o conseguir retirar,
acabou por decidir
que, sendo o burro já tão velho,
e estando o poço seco,
o melhor seria o burro sacrificar
e decidiu o poço tapar.
Tapava o poço e o burro
lá ficaria enterrado,
e seria assunto encerrado.
E se assim pensou…
na pá pegou
e a terra começou a atirar
para dentro do poço…
O burro, ao ver o que se estava a passar,
começou desesperadamente a zurrar….
Mas pouco depois, e para surpresa do aldeão
calou-se, e o único som que se ouvia do chão
era o som das pazadas da terra a cair.
Pensando que o burro estava morto,
o aldeão olhou para o fundo do poço,
e aí… não pôde esconder o espanto ao ver
que o burro estava a tentar sair,
o animal de cada vez que caía uma pá com terra
sacudia-a para trás das costas
e dava mais um passo para cima dela
e assim conseguia subir.
A realidade é que rapidamente
pazada atras de pazada,
o aldeão viu com os seus proprios olhos
como o burro chegou à boca do poço,
e saltando de uma vezada
lá foi ele a caminho do seu pasto
sem deixar rasto.

A exemplo da historia do burro,
a vida vai-nos atirando muita terra por cima,
parecendo por vezes estarmos no fundo dum poço
onde a escuridão nos abafa e paralisa,
O que temos de fazer é nunca desistir…
se olharmos para cima há sempre luz
a nos encorajar a subir….
e a dar a direcção do caminho a seguir!


Maria Dias
2012

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Fui hoje informada que fui seleccionada para a Colectânea "Confissões"

terça-feira, 19 de agosto de 2014


Neste dia mundial de fotografia, recordo a frase de José Saramago:
“Se puderes olhar, vê. Se podes ver, Repara”



Retratos são pedaços da nossa história
Alguns já se distanciam da realidade,
São momentos que ficam na nossa memória
Que vão permanecer até à eternidade.

Retratos são testemunhos, alguns com significado
Que fixaram para sempre aqueles instantes precisos,
Pequenos gestos duma fração de tempo do passado,
Um registo definitivo de expressões e de sorrisos.

E o que começa por ser um registo da realidade
Poderá passar a ser, não mais do que uma lembrança,
Não mais do que um modo de evitar a distância,
Mas que permanecerá para matar a saudade!


Maria Dias

Maio 2012

sábado, 16 de agosto de 2014




Tinha feito este poema em 2012, agora, neste preciso momento, só o consigo conceber acrescentando (o que me vai cá dentro)….


A Morte

Ela chega de mansinho
Sempre sem avisar,
Vem devagarinho
Para todos surpreender,
E se chega devagar,
Vai embora a correr.

Vai, e leva com ela
Alguém que nos é querido,
É uma dor singela
Tão forte, amor sofrido,
O desejo de não ser verdade,
De esquecer aquele momento,
O querer fugir à realidade
E acabar com tal sofrimento.

Tinhamos esquecido
De que temos de morrer
E quando o homem
Fala da eternidade
É como um cego
Que não quer ver,
Mas a morte é natural
E não tem rival…


Abril 2012


Ah mas não sei se é para a dor amenizar
Ou talvez na esperança de ainda te abraçar
Que na Eternidade quero acreditar!


16.08.2014
Maria Dias