sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para o Boletim da Arpic do mês de Junho aqui fica a minha página:

O CANTINHO DA POESIA, PENSAMENTOS,  CONTOS E OUTROS…..


Junho mês que se inicia a festejar o “Dia Mundial da Criança”, comemorado no dia 1.



A inocência é uma criança
De mãos abertas para o mundo,
Com olhar de esperança
E com um amor profundo.

É a doçura na relação humana
Falar sem pensar, amar sem restrição,
É fruto da inocência que dela emana,
É possuir um mundo de imaginação.

Na inocência de uma criança
Há tanta esperança a nascer,
Tanto carinho e confiança,
Vontade e razão de viver.

Pleno mar de ternura
Olhos cheios de candura
De uma inocência sem fim,
Ah como sinto saudades
Daquela criança em mim!

E…recordo aquela criança em mim, deixando-me levar entre sonhos e pensamentos:

Vou de viagem, uma viagem especial, uma viagem ao passado.
O vagar chega-me a cada lembrança, sinto o início de um sorriso. Não preciso de fechar os olhos para ver tudo, para receber aquele tempo, sinto os cheiros, avanço devagar como se fosse o presente, o presente absoluto, com a idade daquele instante, como se estivesse lá. Então, estou pronta para reviver o momento, descanso os olhos no que me rodeia.
Vejo a minha avó na cozinha, mulher pequenina, mas sempre cheia de energia, de volta dos cozinhados e aí sinto aquele cheirinho tão bom da sua comida: “Oh vó o que é o jantar? Por mim, podes fazer todos os dias o teu frango assado, ou o teu arroz de bacalhau”. Hummm até sinto o paladar dos seus cozinhados….
E depois os serões passados à volta daquela mesa com a “braseira”…..as histórias da avó, cheias de mistério, lendas de encantar que faziam a minha cabecinha sonhar… e só quando os olhos já não queriam continuar abertos eu cedia a ir para a cama.
A magia daqueles momentos trazem-me memórias tão ternas, tão intensas, como se estivesse lá neste momento, com a mesma idade, com os mesmos sentimentos, e o melhor de tudo, é a sensação tão real de estar com a minha avó ao meu lado. Então, estou pronta, matei a saudade e levo em mim aquilo que sou. Tenho memórias vividas, que me fazem feliz. Posso regressar dessa viagem, ainda com aquela criança em mim. Até qualquer dia!





Maria Dias

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