segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Foi este o poema publicado no Poemário 2015, da Editora Pastelarias Studios:


CHUVA DE FLORES

O ameno clima primaveril mudou nessa tarde.
As nuvens, que de manhã se tinham revelado
Pequenos fiapos de algodão, dignos de um postal,
Escureceram,
Os pássaros calaram-se e fugiram da época estival,
O ribombar premonitório de uma trovoada fez-se ouvir
O entardecer apareceu mais cedo, as nuvens essas
Endoideceram,
E o céu começou a roncar e acabou a aplaudir.

Ela queria fugir dali, queria fugir à tempestade
Não teve tempo, a chuva começava a cair,
Mas em vez de gotículas de água, na verdade
Era uma chuva de pétalas de flores…
O ar repleto de cheiros intensos e perfumados
Era um espectáculo de muitas cores,
E os campos estavam todos iluminados.

De repente, um mundo imaginário…
As flores caídas sobre a erva fragmentavam
O Sol em centelhas de carmim,
A beleza e a paz se aliavam,
O assalto aos sentidos feito assim,
Despertou nela algo vindo da infância
Quando aquele cheiro lhe inspirava
Alegria, Amor, Paz e Segurança!



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