Foi este o poema publicado no Poemário 2015, da Editora Pastelarias Studios:
CHUVA
DE FLORES
O
ameno clima primaveril mudou nessa tarde.
As
nuvens, que de manhã se tinham revelado
Pequenos
fiapos de algodão, dignos de um postal,
Escureceram,
Os
pássaros calaram-se e fugiram da época estival,
O ribombar
premonitório de uma trovoada fez-se ouvir
O entardecer
apareceu mais cedo, as nuvens essas
Endoideceram,
E o céu
começou a roncar e acabou a aplaudir.
Ela queria
fugir dali, queria fugir à tempestade
Não teve
tempo, a chuva começava a cair,
Mas em vez
de gotículas de água, na verdade
Era uma
chuva de pétalas de flores…
O ar
repleto de cheiros intensos e perfumados
Era um
espectáculo de muitas cores,
E os campos
estavam todos iluminados.
De repente,
um mundo imaginário…
As flores
caídas sobre a erva fragmentavam
O Sol em
centelhas de carmim,
A beleza e
a paz se aliavam,
O assalto
aos sentidos feito assim,
Despertou nela
algo vindo da infância
Quando aquele
cheiro lhe inspirava
Alegria,
Amor, Paz e Segurança!
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