Neste último dia de 2024 e, fazendo um balanço deste ano, chego à conclusão que até é um balanço positivo. Alguns percalços de saúde, mas que terminaram em bem, algumas adversidades no percurso da vida, mas que se vão ultrapassando.
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Balanço do ano 2024
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
"O Tempo" de Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Natal no mundo
Neste momento o meu pensamento vai para aquelas crianças que não têm Natal.
Como seria bom que pudessem ainda acreditar na magia do pai Natal, certamente lhe pediriam PAZ para poderem sorrir.
Todas as crianças deviam ter o direito a sorrir!
sábado, 14 de dezembro de 2024
Paz, o presente de Natal mais desejado neste mundo tão conturbado pela guerra...
Neste Natal não quero essa troca de artigos que não se abrem em solidariedade. Não quero saber de cartões a granel, vazios de originalidade.
domingo, 8 de dezembro de 2024
A 8 de Dezembro suicida-se Florbela Espanca no dia em que fazia 36 anos
domingo, 1 de dezembro de 2024
Dezembro
Ainda há pouco era Verão e já é Dezembro de novo, com o Natal à porta. O tempo passa depressa demais e a vida é curta. Pequenos momentos podem ser grandes momentos, só mais tarde nos damos conta como pequenas coisas eram tão grandiosas.
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
terça-feira, 19 de novembro de 2024
domingo, 10 de novembro de 2024
Gal Costa - Um Dia De Domingo
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Texto escrito há mais de uma década, ligeiramente atualizado porque o sentimento é o mesmo...
Quem disse que a idade está na cabeça? Às vezes é o corpo que manda, ou não?
Há dias em que me levanto e a minha cabeça me diz que tenho 30 anos e eu levo um daqueles dias, cheio de afazeres, ginásio, vida doméstica, netos, num corre, corre, cheia de energia e depois no final do dia o meu corpo lembra-me que já não tenho 30, nem 40, nem 50, nem 60. É um desmancha prazeres, é isso que ele é, custava-lhe alguma coisa deixar-me viver na ilusão mais algum tempo.
E depois se dói aqui ou ali, a culpa é do tempo, porque é uma grande instabilidade, ora faz frio, ora faz calor, mas eu quando tinha 30, o meu corpo não dava pelas mudanças bruscas de temperatura. O meu corpo nem se importava com o que a cabeça pensava, porque se sentia bem na sua plenitude. Sentia-se forte, cheio de energia, sempre pronto para mexer, era um aliado à juventude da cabeça.
Agora está de costas voltadas com a cabeça, já nem quer saber se ela quer ter 30, 40 ou 50.
Às vezes faz-lhe a vontade e deixa-a gozar aquela sensação de “eu quero, eu posso, eu faço”, mas depois prega-lhe a partida e pergunta-lhe:
"julgas-te nova não é, estás esquecida que os 30, os 40 e os 50 já lá vão, então toma lá uma dorzita para te lembrares, deixa cá ver onde vai ser, pode ser na zona lombar; e aviso-te já, se continuas a abusar, amanhã vai doer-te a cervical também".
E depois dizem que a idade está na cabeça. Só se for com muita persistência para conseguir a ultrapassar a má vontade do corpo em relação a isso. Tenho que o contrariar, mas neste momento está difícil.
Tenho que ir gerindo esta relação "amor ódio entre a cabeça e o corpo".
Maria Dias
Publicado
no livro
“Hoje
não te posso Abraçar”
domingo, 4 de agosto de 2024
A Morte
Ela
chega de mansinho
sempre
sem avisar,
vem
devagarinho
para
todos surpreender,
e,
se chega devagar,
vai
embora a correr
Tinhamos esquecido
que
temos de morrer
e,
quando o homem
fala
da eternidade
é
como um cego
que
não quer ver
que
a morte é natural
e
não tem rival…
Não
sei se é para a dor amenizar
ou
na breve esperança de um dia
abraçar
os que partem primeiro
que
ainda queremos acreditar
nessa
possível eternidade
que
nos alimenta a saudade
e que nos dá um céu inteiro
quarta-feira, 31 de julho de 2024
Desencontros da vida
Quando não há "tempo nem dinheiro" para viajar enquanto somos novos
Depois por vezes as forças faltam e dá nisto 😃
terça-feira, 30 de julho de 2024
A Amizade
Pudera
eu ter o dom de um poeta
ou
de um músico…
para
poder colocar em verso e melodia
o
sentimento da amizade…
Como
eu gostava, como eu queria
poder
defini-lo e transcrevê-lo
esse
sentimento da verdade
A
amizade é um sentimento
tão
único e especial,
troca,
amor, cumplicidade
é
afeto, é respeito, é vital,
é
carinho e honestidade
A
amizade duplica a alegria
e
divide as tristezas,
é
uma completa melodia
que
diminui as distâncias
fortalece
as certezas
e
ultrapassa todas as ânsias…
A
amizade, sim, a amizade
é
uma troca repartida
de
uma cumplicidade,
é
a doce canção da vida
é
a poesia da eternidade!
quarta-feira, 24 de julho de 2024
Conto
LUANA
Naquela
aldeia pacata, os dias decorriam sempre iguais. Parece que nada acontecia.
Quando se começou a comentar que a ti Albertina ia receber a visita de uma sobrinha, à curiosidade, juntaram-se as conversas no adro da igreja:
- “Atão
parece q’uma sobrinha da ti Albertina vem cá à terra”
- “Eu
cá na sei bem, mas ouvin dinzer que sim. Vem tomar conta da velhota que já na
sabe muito bem o que faz”
- Atão,
mas vem viver cá prá terra?
- Na
sei, mas tamém ouvin dinzer, ca rapariga na é lá muito boa da cabeça
- Ás
tantas o vizinho da ti Albertina ainda se vai embeiçar pela rapariga...
- O
vizinho da ti Albertina? Quem?
-
Aquele que faz móveis, o carapinteiro, o que é solteiro
- Ah
esse, o Joaquim
- Ora
ora, atão mas vocemessê na diz ca rapariga na é la muito boa da cabeça, Quem
vai querer uma rapariga assim, para casar?”
Passados uns dias, a Luana chegou à aldeia. Assim se chamava, porque nasceu em noite de Lua Cheia. E na verdade, Luana andava sempre com a cabeça na Lua. Era uma rapariga estranha, tímida, e que apreciava a solidão.
Com a morte da mãe, tinha ficado sozinha na grande cidade e só lhe restava aquela tia, a Albertina. Por isso, decidiu viajar até casa da tia, até à aldeia, até ao sossego, que ela tanto apreciava.
Era uma rapariga franzina, de poucas falas, sempre alheia a tudo o que a rodeava; usava óculos de lentes redondas que lhe ampliavam o olhar, conferindo-lhe um ar ainda mais estranho.
Quem estava contente era a ti Albertina, já que passava a ter companhia e assim acabava-se a solidão.
Luana instalou-se então de vez, em casa da tia. Não demorou muito para que as gentes da aldeia confirmassem que a rapariga não era “normal”, como se dizia, é que, parece que adivinhava as coisas, se calhar era “Bruxa”. E foi assim que começou a ser conhecida: A Bruxinha
Na verdade, Luana desde pequenina que pressentia coisas que iam acontecer.
Tinha sonhos que mais tarde se concretizavam, ou pressentimentos de factos que acabavam sempre por acontecer.
Quando
ia à Igreja era olhada de lado, mas a sua postura era a de uma rapariga
desejosa de se mostrar à vontade, e não como uma rapariga na posse de tudo o
que escapa aos seres humanos normais.
Os dias foram passando. Luana tomava conta da casa, já que a tia não tinha mais cabeça para o fazer. E gostava de passear pelos montes, isolando-se, como era seu costume.
Até que andava feliz, porque deixara de ter “aquelas coisas, aqueles avisos”, como ela lhes chamava. Assim sentia-se mais à vontade e mais “normal”.
Corria o rumor das suas “Adivinhações”, como dizia o povo, mas o que é facto é que, ainda ninguém dera por nada.
Na aldeia surgia algo para quebrar a monotonia. Obras no telhado da Igreja. Então para esquecer um pouco as conversas sobre Luana “A Bruxinha”, os homens ficavam sentados à sombra a ver como decorriam os trabalhos. A Igreja, quase sem telhado, dava motivo de curiosidade a quem passava.
Para Luana os dias seguiam calmos. O pior mesmo, eram as noites. Qualquer ruido ganhava uma qualidade excessiva, as sombras oscilavam sem motivo e, sozinha no quarto, ela sucumbia aos pesadelos.
Naquele Domingo e àquela hora já a Igreja estava cheia de gente, quando recomeçou a chover torrencialmente.
Começara a chover na tarde do dia anterior. Subitamente, o dia quente escureceu e o céu começou a aplaudir e a roncar. As obras pararam.
Luana sentia-se agitada, sem razão aparente. As noites até então, límpidas e inundadas de ócio e de soturna expectativa, deram lugar a noites longas e exaustas. A exaustão era uma lente através da qual, ela tinha a tendência para olhar a vida como um fracasso e, ver para além dela, com uma postura crua, hipersensível. Talvez fosse uma perceção ultrassensível, mas algo se anunciava na sua mente. Só não sabia o quê.
A tia, pressentindo a sua agitação, tentou saber o que se passava. Mas Luana encolhia ligeiramente os ombros, parecendo estar a dissimular a sua expressão, de modo a denunciar os seus pressentimentos, o menos possível.
Naquela noite, voltou a agitação e foi então que sonhou com uma tempestade enorme, vendo a Igreja cheia de gente. Avistou um corvo, que a assustou verdadeiramente. Sabia que não era um bom agoiro. Já tinha ouvido dizer que os corvos não deixam que um dos seus morra sozinho, cheirava-lhe a morte.
Acordou com suores frios e incapaz de se levantar com a agilidade do costume. E o pior é que era Domingo, dia de ir à missa. O tempo não ajudava, as nuvens cada vez mais densas, conferiam à aldeia uma atmosfera de crepúsculo invernal.
A tia ia ficar em casa, porque a chuva recomeçava a cair e o céu continuava a roncar.
Luana saiu para a rua. Apertou o casaco, o vento era forte, enfiou ainda mais as mãos nos bolsos do casaco e precisou de todas as suas forças para manter o equilíbrio. Seguiu o caminho sem saber como, sempre com um tremor no lábio inferior, debatendo-se para controlar a respiração irregular.
A chuva continuava a açoitar as ruas, agora desertas e encharcadas, apenas a sua silhueta sombria se dirigia para a Igreja, determinada a impedir a desgraça que pressentia estar iminente. A água engrossava e os trovões rasgavam o céu, e os relâmpagos iluminavam a rua. Era assustador.
Luana conseguiu chegar à Igreja e ficou em estado de choque, sem disso ter a noção, ao ver a igreja cheia de gente. Tinha que mandar sair aquela gente antes que a desgraça se concretizasse. Mas ninguém lhe daria ouvidos, ela sabia-o.
O céu por cima da Igreja ribombou ameaçadoramente, dando lugar a uma impressionante tempestade. A chuva a cair em cima da chapa provisória fazia um ruido assustador.
Impulsionada
pela ambivalência do medo que a apavorava, e pela força da sua coragem,
aturdida, desatou a gritar:
- Fujam, fujam, fujam rápido que o telhado vai cair
As pessoas assustadas, impulsivamente, desataram a correr para fora da Igreja, esquecendo a chuva que caía. Em boa hora o fizeram, porque não demorou muito a que o telhado desabasse….
No meio daquela confusão, Luana correu para casa. A sua missão estava cumprida. Agora sentia um alívio que lhe enchia a alma de felicidade. Tinha conseguido impedir aquela desgraça, prevista em sonho.
No dia seguinte, o céu acalmou a sua raiva, as nuvens partiram, a chuva deu lugar a um Sol radioso; as obras voltaram a arrancar.
Na aldeia não se falava noutra coisa a não ser de Luana e do seu grito que os salvou de terem ficado debaixo do telhado.
Luana
passara de bruxa a heroína daquela aldeia. Mas a palavra “Heroína” nada
significava para a rapariga. Significava sim, e muito, o facto de lhe terem agradecido.
domingo, 30 de junho de 2024
sábado, 29 de junho de 2024
O tempo (Desabafo)
Hoje acordei e tive a sensação de não estar no Verão e questionei-me, que dia é hoje? 29 de Junho? O tempo não está de acordo com o calendário e até esquecemos que o Julho está à porta.
Mas que velocidade é esta? Julho, Agosto e Setembro e acabou
o Verão. O que se passa com o tempo que corre velozmente ou será da idade que
dá essa sensação?
São os relógios que medem o tempo? Ou seremos nós?
O tempo passa devagar quando esperamos, o tempo corre quando estamos atrasados, o tempo é lento quando estamos tristes, o tempo é curto quando estamos felizes, o tempo não tem fim quando vivemos com dor, o tempo é longo quando estamos aborrecidos.
Em cada minuto da nossa vida, o tempo é determinado pelos
nossos sentimentos e pelo nosso estado de espírito.
Afinal, será que o tempo não é medido pelos relógios?
terça-feira, 11 de junho de 2024
11 de Junho 2024
Faz hoje 6 anos que me fizeste conhecer a felicidade de ser
avó.
Parabéns meu amor, para ti desejo que possas abraçar o mundo com
muita alegria e que saibas ser feliz.
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Dia da criança - todas as crianças deveriam ter o direito a sorrir
A inocência é uma criança
de mãos abertas para o mundo
com olhar de esperança
e com um amor profundo
É a doçura na relação humana
falar sem pensar, amar sem restrição,
fruto da inocência que dela emana,
é possuir um mundo de imaginação
Na inocência de uma criança
há tanta esperança a nascer,
tanto carinho e confiança,
vontade e razão de viver
Pleno mar de ternura
olhos cheios de candura
de uma inocência sem fim,
como sinto saudades
daquela criança em mim
MD
Do livro Abraço-te
domingo, 26 de maio de 2024
ENQUANTO TEUS PAIS ENVELHECEM, DEIXA-OS VIVER …
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Recordando o poema do meu livro "Abraço-te"
Dizem que no dia 22 de Maio se comemora o dia do abraço.
segunda-feira, 20 de maio de 2024
Recordar Desabafo de 20/5/2021
Às vezes pomos a vida em suspenso como se estivessemos à
espera de atingir uma determinada meta para vivermos mais em pleno e esquecemos
de ser felizes.
E é assim que o tempo passa e não o aproveitamos na sua plenitude, e é assim que por vezes já nem chegamos a tempo de atingir essa meta, e é assim que nem somos felizes.
Estranha forma esta que temos de viver.
Vale a pena tentar contrariar esta tendência, vale a pena saborear as pequenas coisas do dia a dia, vale a pena tentarmos ser felizes o mais cedo possível e o mais tempo possível.
19 de Maio de 2021
quarta-feira, 15 de maio de 2024
segunda-feira, 6 de maio de 2024
Recordar um poema escrito para a minha mãe em 2012
Mãe