quarta-feira, 30 de março de 2016

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Ela fechou os olhos, inclinou o rosto em direcção ao céu e deixou que a brisa marítima lhe fizesse cócegas nas pálpebras…gaivotas a conversar mais ao longe na praia, um insecto que passou junto ao seu ouvido, ondas suaves que batiam ritmadamente na praia. Foi avassalada por uma enorme sensação de serenidade ao fazer corresponder a respiração com o ritmo do mar. A chuva recente remexera a água salgada e o odor intenso misturava-se no vento.
Abriu os olhos e contemplou a paisagem com lentidão, achou maravilhoso, sentiu invadir-se por uma alegria imensa e pensou: “É isto o que os pássaros devem sentir quando voam por cima da praia”. Aquela alegria era como uma brisa suave. Um sentimento tão intenso e ao mesmo tempo tão simples.
Questionou-se sobre o porquê de complicarmos as coisas. Quis entender o porquê dos nossos olhos se gastarem no dia-a-dia, parecendo por vezes opacos, e quando isso acontece instala-se no nosso coração o monstro da indiferença.
Mas que ironia esta, a de tanto querermos e acabarmos por esquecer as coisas mais simples da vida, tão simples como a natureza, que se nos oferece simplesmente ao nosso olhar, para que dela desfrutemos e nos possamos sentir cheios de alegria por viver!

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