sexta-feira, 13 de março de 2020

A fragilidade humana


Por motivos e casualidades várias, ao longo da vida e das experiências, vamos adquirindo uma consciência clara de que o ser humano é muito frágil.  Mas há momentos na nossa vida em que sentimos mais essa fragilidade e impotência perante as adversidades que surgem no nosso caminho.

Sabemos também que o ser humano tem a capacidade de fazer a diferença. Sabemos isto, mas gastamos recursos humanos e materiais destruindo o que temos, o que criámos e o que podíamos deixar para as gerações futuras. Gastamos esses recursos em conflitos, em guerras, em jogos de poder, quando poderíamos investir tudo aquilo de que dispomos no avanço da ciência, do conhecimento e no investimento na pessoa humana, nos seus habitats, de forma a superar as doenças, a privação, a ignorância e a defender-nos das catástrofes naturais.

Remete-nos à reflexão importante sobre o modo de ser do homem contemporâneo. Cada vez mais vivemos numa sociedade da técnica, sociedade esta, digitalizada, em que tudo parece previsível, passível de transformação numérica. E é justamente no íntimo dessa convicção sobre o exato, sendo induzidos a uma ilusória segurança absoluta, que o inesperado faz sua intromissão devastadora, deixando marcas na história da humanidade. E aí é terrível lembrar que a vida humana é tão frágil....

O reconhecimento da fragilidade e da vulnerabilidade humanas faz-nos perceber mais claramente a interdependência dos humanos. Precisamos uns dos outros...
A vulnerabilidade e a fragilidade humana  fazem-nos pensar que deveríamos todos, concentrar os nossos esforços na preservação e na dignificação da vida humana.


13 de Março de 2020




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