Por motivos e casualidades várias, ao longo da vida e
das experiências, vamos adquirindo uma consciência clara de que o ser humano é muito
frágil. Mas há momentos na nossa vida em
que sentimos mais essa fragilidade e impotência perante as adversidades que
surgem no nosso caminho.
Sabemos também que o ser humano tem a capacidade de
fazer a diferença. Sabemos isto, mas gastamos recursos humanos e materiais
destruindo o que temos, o que criámos e o que podíamos deixar para as gerações
futuras. Gastamos esses recursos em
conflitos, em guerras, em jogos de poder, quando poderíamos investir tudo
aquilo de que dispomos no avanço da ciência, do conhecimento e no investimento
na pessoa humana, nos seus habitats, de forma a superar as doenças, a privação,
a ignorância e a defender-nos das catástrofes naturais.
Remete-nos à reflexão importante sobre o modo de ser do homem
contemporâneo. Cada vez mais vivemos numa sociedade da técnica, sociedade esta,
digitalizada, em que tudo parece previsível, passível de transformação
numérica. E é justamente no íntimo dessa convicção sobre o exato, sendo
induzidos a uma ilusória segurança absoluta, que o inesperado faz sua
intromissão devastadora, deixando marcas na história da humanidade. E aí é
terrível lembrar que a vida humana é tão frágil....
O reconhecimento da fragilidade e da vulnerabilidade
humanas faz-nos perceber mais claramente a interdependência dos humanos.
Precisamos uns dos outros...
A
vulnerabilidade e a fragilidade humana fazem-nos pensar que deveríamos todos, concentrar
os nossos esforços na preservação e na dignificação da vida humana.
13 de
Março de 2020
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