terça-feira, 22 de maio de 2012


O ameno clima primaveril mudou nessa tarde.
As nuvens, que de manhã se tinham revelado
Pequenos fiapos de algodão, dignos de um postal,
Escureceram,
Os pássaros calaram-se e fugiram da época estival,
O ribombar premonitório de uma trovoada fez-se ouvir
O entardecer apareceu mais cedo, as nuvens essas
Endoideceram,
E o céu comecou a roncar e acabou a aplaudir

Ela queria fugir dali, queria fugir à tempestade
Não teve tempo,  a chuva começava a cair,
Mas em vez de gotículas de água, na verdade
Era uma chuva de pétalas de flores…
O ar repleto de cheiros intensos e perfumados
Era um espectáculo de muitas cores,
Os campos estavam todos iluminados

De repente um mundo imaginário…
As flores caídas sobre a erva fragmentavam
O Sol em centelhas de carmim,
A beleza e a paz se aliavam,
O assalto aos sentidos feito assim,
Despertou nela algo vindo da infância
Quando aquele cheiro lhe inspirava
Alegria, Amor, Paz e Segurança!



Maria Dias
Maio 2012


Sem comentários:

Enviar um comentário