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terça-feira, 19 de novembro de 2024
domingo, 10 de novembro de 2024
Gal Costa - Um Dia De Domingo
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Texto escrito há mais de uma década, ligeiramente atualizado porque o sentimento é o mesmo...
Quem disse que a idade está na cabeça? Às vezes é o corpo que manda, ou não?
Há dias em que me levanto e a minha cabeça me diz que tenho 30 anos e eu levo um daqueles dias, cheio de afazeres, ginásio, vida doméstica, netos, num corre, corre, cheia de energia e depois no final do dia o meu corpo lembra-me que já não tenho 30, nem 40, nem 50, nem 60. É um desmancha prazeres, é isso que ele é, custava-lhe alguma coisa deixar-me viver na ilusão mais algum tempo.
E depois se dói aqui ou ali, a culpa é do tempo, porque é uma grande instabilidade, ora faz frio, ora faz calor, mas eu quando tinha 30, o meu corpo não dava pelas mudanças bruscas de temperatura. O meu corpo nem se importava com o que a cabeça pensava, porque se sentia bem na sua plenitude. Sentia-se forte, cheio de energia, sempre pronto para mexer, era um aliado à juventude da cabeça.
Agora está de costas voltadas com a cabeça, já nem quer saber se ela quer ter 30, 40 ou 50.
Às vezes faz-lhe a vontade e deixa-a gozar aquela sensação de “eu quero, eu posso, eu faço”, mas depois prega-lhe a partida e pergunta-lhe:
"julgas-te nova não é, estás esquecida que os 30, os 40 e os 50 já lá vão, então toma lá uma dorzita para te lembrares, deixa cá ver onde vai ser, pode ser na zona lombar; e aviso-te já, se continuas a abusar, amanhã vai doer-te a cervical também".
E depois dizem que a idade está na cabeça. Só se for com muita persistência para conseguir a ultrapassar a má vontade do corpo em relação a isso. Tenho que o contrariar, mas neste momento está difícil.
Tenho que ir gerindo esta relação "amor ódio entre a cabeça e o corpo".
Maria Dias
Publicado
no livro
“Hoje
não te posso Abraçar”
domingo, 4 de agosto de 2024
A Morte
Ela
chega de mansinho
sempre
sem avisar,
vem
devagarinho
para
todos surpreender,
e,
se chega devagar,
vai
embora a correr
Tinhamos esquecido
que
temos de morrer
e,
quando o homem
fala
da eternidade
é
como um cego
que
não quer ver
que
a morte é natural
e
não tem rival…
Não
sei se é para a dor amenizar
ou
na breve esperança de um dia
abraçar
os que partem primeiro
que
ainda queremos acreditar
nessa
possível eternidade
que
nos alimenta a saudade
e que nos dá um céu inteiro
quarta-feira, 31 de julho de 2024
Desencontros da vida
Quando não há "tempo nem dinheiro" para viajar enquanto somos novos
Depois por vezes as forças faltam e dá nisto 😃