sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Quero apenas cinco coisas


Primeiro é o amor sem fim

A segunda é ver o outono

A terceira é o grave inverno

Em quarto lugar o verão

A quinta coisa são Teus olhos

Não quero dormir sem Teus olhos.



Não quero ser... sem que Me olhes.


Pablo Neruda





quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Dia internacional/Nacional dos Direitos Humanos

 

“Os Nossos Direitos. As Nossas Liberdades. Sempre” os direitos inalienáveis a cada cidadão e a necessidade de um empenhamento contínuo no sentido de os respeitar.

O que me entristece é que, cada vez mais, são os próprios humanos que menos se respeitam a si próprios, desrespeitando- -se uns aos outros.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

A 8 de Dezembro suicida-se Florbela Espanca no dia em que fazia 36 anos

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que se não sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!"



EU

Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

Sou a irmã do Sonho,e desta sorte

Sou a crucificada … a dolorida …

Sombra de névoa tênue e esvaecida,

E que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte!

Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…




domingo, 7 de dezembro de 2025

Pensamento

 

"Uma sociedade torna-se melhor quando velhos plantam árvores, à sombra das quais sabem que nunca se sentarão."




terça-feira, 18 de novembro de 2025

Memórias - 18 de Novembro de 2020






Foi assim que decorreu o lançamento do meu livro, cujo título se enquadrava mesmo nos tempos difíceis e estranhos: "Hoje não te posso abraçar"







quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Há textos que nos ficam no coração.

 

“Neste outono, as pedras agasalham-se no cobertor
do musgo; e o barro bebe a água; e o vento viaja rente
aos muros. Mas eu, sem ti, deito-me gelada sobre a cama
e digo palavras que queimam a boca por dentro ― amor,
saudade, o teu nome e os nomes das coisas que tocaste
(e sobre as quais deixo crescer o pó, para que os dias
não se decalquem sempre de outros dias). Fecho os olhos
depois sobre a almofada e vejo o rosto branco da casa
desenhar-se à medida da tua ausência: as janelas abrem-se
para a solidão dos becos e há um farrapo de luz sobre a porta
a que ninguém virá bater. Pergunto-me onde anda a tua
sombra quando aqui não estás. E tenho medo. São estes
os solavancos de uma vida pequena ― bordar uma toalha
para logo a manchar de vinho, sentir a ferida na distância
do punhal, viver à espera de uma dor que há-de chegar.”

Maria Do Rosário Pedreira, in "Poesia Reunida”






quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Quanto tempo me falta

 

                   

  

dei conta que tenho menos anos para viver

do que os que já vivi até agora,

é uma realidade à qual não posso fugir

mas ainda quero seguir por aí fora.

 

 sinto me grata pelo que já vivi,

agora resta-me tentar viver mais intensamente

não como aquela criança que abre um pacote de doces

e que os primeiros come avidamente,

mas como aquela que já os saboreia de uma forma  diferente

porque sabe que já restam poucos.

 

talvez seja por isso que hoje aprecio tanta coisa

a que não dava tanta importância,

coisas simples que se tornaram grandiosas,

coisas que me dão tanto prazer

e por isso  passaram a ser preciosas

 

 

Maria Dias

Setembro 2025