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Boa Noite ...Vida
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Eu sou a “Vida”
Chamam-me de Bela
Porque sou linda,
Linda de morrer…
Anda, vem comigo,
Sem pressa, sem correr
Vem… meu amigo,
Esquece a razão,
Anda, vamos partir
E partilhar a emoção
Contigo quero partir
Quero ser o condimento
Das tuas emoções,
Eu sou o “Sentimento”
Que poderá unir
Os nossos corações.
Tu és bela, oh Vida
Mas sem mim, serias vazia
E juntos podemos cantar
Uma alegre sinfonia
Eu sou a Vida,
tu és o Sentimento
Juntos brindemos à felicidade
E com o teu encantamento
Juntos seremos felizes de verdade!
Maria Dias
Outubro 2012
Escrito para
O Boa Noite Vida
Poema representado de uma forma hilariante pela Joana Tavares e João Borges Oliveira no espectáculo "Boa Noite ....Vida"
Pela calada da noite trocam-se beijos
Bastam as conversas entre olhares
Os corpos unidos entre desejos,
Despidos de palavras na escuridão
Vestidos apenas de sentimentos,
Afastam o isolamento e a solidão,
Iluminados pela luz das estrelas
Saboreando os intensos momentos,
Com a chuva a bater nas janelas
Que acompanha a música a tocar,
A perfeita e melodiosa sinfonia
Para os amantes acompanhar
Um hino ao amor, à vida e à alegria!
Maria Dias
Outubro 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
A vida é uma escola donde tiramos lições
Uns são melhores alunos que outros,
É preciso entender os porquês, as razões
Dos acontecimentos e dos desencontros.
Amanhã os erros de hoje serão experiências,
Com tudo aprendemos e podemos melhorar,
Todos os momentos do passado são vivências
Que podemos corrigir e outros erros superar!
Maria Dias
Outubro 2012
Depois da noite, vem a madrugada e a manhã,
Depois da chuva e trovoada brilha o Sol
E de seguida o arco-iris multicolor,
Depois da semente desabrocha a flor,
Depois do ontem e do hoje chega o amanhã,
Depois da tarde, o entardecer e o pôr-do-Sol,
Depois da tempestade vem a bonança,
Depois da lágrima vem o sorriso,
Depois do desgosto vem a esperança,
Depois da inspiração vem o poeta citador
Que nem sempre consegue ser conciso
Nem transmitir a paixão e o amor
Que para viver e ser feliz é preciso!
Maria Dias
Outubro 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
A
vida num sonho
O sonho, a manta que cobre
Os pensamentos humanos,
Feita de retalhos bem coloridos
Forma a vida em todos os sentidos,
E mesmo quando se
descobre
Que está repleto de enganos,
A vida, não passa sem
o sonho,
Caminham juntos, lado a lado
Para que o futuro seja risonho
A vida num sonho, seu aliado!
Maria Dias
Setembro 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
A música em ritmo lento, solta-se no ar
Combinando os sons com o silêncio,
Chama-te devagarinho para o movimento,
E tu, despertas como num acordar pela manhã
Em que o Sol brilha e te convida a levantar,
Entregando-te ao divino momento.
A levantar para um sonho colorido,
Tudo brilha e se movimenta no ar,
Tu procuras o ritmo e danças comigo.
O céu está limpo, o Sol balança,
Duas aves dançam entre o arvoredo
Todos entram nesta dança…
Todos comungam do mesmo segredo.
Não é só o ritmo, nem os passos,
Nem a música, que fazem a dança,
Mas a “Paixão” que vai na alma
De quem tudo se esquece
E se entrega ao prazer que alcança:
O coração palpita e aquece,
O tempo pára e surge a magia
Do movimentar dos corpos
A mais pura expressão do ser,
Liberta-se toda a rebeldia
E são momentos de puro prazer!
Maria Dias
Maio 2012
Nos teus olhos vejo o mar
No teu sorriso vejo o Sol
No teu profundo olhar
Vejo o lindo pôr-do-sol,
Chega o entardecer
Fico quieto no escurecer,
E pela calada da noite
Espreito a vazia rua
Iluminada pela lua,
Vislumbro
as estrelas
Que iluminam o caminho
Que te trazem até mim
Sei que não fico sòzinho!
Maria Dias
Outubro 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Hoje fiquei maravilhada a olhar
Um belo quadro da natureza,
Parei estarrecida a contemplar,
Ficando muda e com a certeza
Que o paraíso ainda existe…
Fico com vontade de chorar
Não porque esteja triste
Mas porque me ponho a sonhar
Sonho pintar numa tela
Esta maravilhosa paisagem
Poder transmitir nela
O que vejo e a mensagem,
O que sinto em comunhão
Com a serenidade e a paz
Dentro do meu coração
Que esta envolvência me traz
As águas do rio abraçando
A miscelânea de verdes
Tão exuberante
Ficaria aqui me demorando
A observar esta beleza
Tão penetrante
Porém, é hora de partir
Mas comigo vou levar
Este grandioso sentir
E o desejo de voltar!
Maria Dias
19.Outubro.2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Ora digam lá se não é bonito
O “encontro
de gerações”
Do principio até ao infinito
Uma união de corações.
Há troca de aprendizagem
E cada um à sua maneira,
E cada um a seu tempo,
Numa sã camaradagem,
E em amena cavaqueira
Dão largas ao pensamento.
De umas e outras fontes
Abrem-se novos horizontes
Novos e Velhos em entendimento
E não estando sòzinhos
Convivem juntinhos
E abraçam o conhecimento.
Maria Dias
Outubro 2012
Ó
tempo volta para trás
Dá-me
tudo o que eu perdi…..
Já
dizia a canção…
Que
era um fado
De
António Mourão!
No
bairro havia uma taberna
Que
servia de carvoaria,
Uma
capelista e uma padaria,
Um
lugar de frutas e legumes,
E
uma grande mercearia.
Na
taberna comprava-se o vinho
Da
adega cooperativa,
Levava-se
a garrafa a encher,
Ou
ía o pai, ou o filho sòzinho,
Porque
a mãe tinha mais que fazer.
No
Inverno comprava-se
Carvão
em brasa,
Para
aquecer as braseiras
De
cada casa.
As
braseiras das camilhas,
Algumas
feitas de croché
Com
agulhas de metal,
Que
serviam também
Para
as colchas e naperons
A
enfeitar o pechiché.
Sim,
porque o normal
Era
a dona de casa
Fazer
sempre o seu tricô
Enquanto
as crianças
Jogavam
o iô-iô…
E
os rapazes jogavam futebol
Com
uma bola de trapos,
Enquanto
as raparigas
Limpavam
os pratos
Na
capelista compravam-se
As
linhas, agulhas e botões
Coisas
de costura….
Porque
as lojas de pronto a vestir
Eram
raras
E
só os ricos lá podiam ir
Porque
eram caras.
Na
mercearia compravam-se
Secos
e molhados
Tudo
era pesado na balança
E
para os pobres
Havia
os fiados.
Compravam
açúcar
A
prestações,
Pagavam
no final do mês
Quando
se recebiam
os
ordenados.
Na
padaria compravam-se
Carcaças
com maminha
Amassadas
à mão,
E
bolos feitos de farinha
Que
mais pareciam pão,
Porque
os bolos finos
Eram
vendidos na pastelaria,
Os
éclairs, mil-folhas,
De
tamanha iguaria
Para
derreter o coração.
Nos
cafés havia estudantes
Que
se sentavam a estudar,
E
velhos a ler o jornal…
Um
café, um bagaço,
Um
cigarro de enrolar,
Num
silêncio total.
Ouvia-se
na rua
O
gemido dos eléctricos
Ou
os autocarros da carris
A
resfolegar,
Num
som banal…
Mais
parecendo um som
De
embalar.
Não
havia televisões,
Havia
tempo…
Fumavam-se
cigarros enrolados
Ou
cachimbo,
Algumas
Tertúlias ….
Para
entreter os corações.
Telefonava-se
das cabines telefónicas
Pois
não existiam telemoveis,
E
na oficina consertava-se tudo…
Desde
frigorificos, fogões
Radios
e até móveis.
No
sapateiro punham-se meias solas
Havia
um par de sapatos de Inverno
E
outro de Verão,
Davam-se
facilmente esmolas
Assim
pedia o nosso coração.
Era
assim a classe média
A
classe “remediada”,
Não
sentia falta do que
Não
existia… para nada.
É
para este tempo
Que
nos querem fazer
Regressar?
Tarde
mais
Para
se voltar.
A
globalização
É
escolha e abundância,
É
troca, é o estado supremo
Da
civilização,
Essa
civilização descartável
E
virtual,
É
o mundo insustentável
Que
o capitalismo
Construiu
E
que parece que deixou de servir
Porque
ruiu!
Maria
Dias
18.Fevereiro.2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Passas por mim indiferente
Mas gosto de te ver passar
Deixas-me feliz e contente.
Lembra-te que sou tua amiga
E que gosto de te confortar,
No calor dou-te a sombra
E comigo podes descansar.
As minhas folhas são o desejo
As minhas flores são a esperança
Os meus frutos são um prazer,
E neste meu humilde lugarejo
Represento a perseverança
Porque estou sempre a renascer.
E mesmo quando já não tenho
Nem folhas, nem flores, nem frutos
Ainda estou presa à terra
Por isso, deixa-me viver!
Maria Dias
Outubro 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
O que me faz sorrir?
Um simples sorriso no ar
Um olhar meigo a me olhar
Uma flor a desabrochar
As ondas do mar
O Sol a nascer
O Sol a se esconder
A Lua a aparecer
Uma noite de luar
O amor quando paira no ar
O que me faz sorrir?
O que me faz sorrir
É poder sentir
A vida a acontecer!
Maria Dias
Outubro 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Faz-me acreditar que nada de mal vai acontecer
Faz-me acreditar que este sonho não vai morrer
Faz-me acreditar que vai valer a pena lutar
Faz-me acreditar que vou poder de novo sonhar
Quero acreditar que vou poder voltar a sorrir
Quero acreditar que poderei voltar a sentir
Quero acreditar que encontrarás o teu caminho
Quero acreditar que tu não seguirás sòzinho!
Maria Dias
Outubro 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
E
eu Sei lá porque estou a escrever
Nem
tão pouco quem me vai ler,
É
como uma ânsia de deitar cá para fora
O
que guardo aqui dentro até agora,
Quero
despejar e por aí espalhar,
Quero
escrever para não falar,
E
eu sei lá o que quero dizer
Por
isso o melhor mesmo, é calar.
E
eu sei lá se tudo posso dizer
Ou
se sou capaz de me fazer entender,
E
eu sei lá se alguém me quer ouvir
E
se alguém compreende o meu sentir,
O
melhor mesmo, é não falar
E
tudo de novo aqui dentro guardar,
E
nem sequer tentar escrever,
Pois
já nem eu sei o quero dizer!
Maria
Dias
Outubro
2012
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