sábado, 25 de novembro de 2017

Conta-me uma história

Conta-me uma história
antes de eu adormecer
e traz-me à memória
o que não quero esquecer

Uma história de encantar
enquanto o Sol se põe
e  a noite chega,
faz o tempo parar
e me aconchega

Sinto toda a fragância
que paira no ar
faz-me recordar
a minha “infância”
para este momento

se poder eternizar


In livro "Abraço-te"



quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Mariza - Chuva (Concerto em Lisboa)





As coisas vulgares que há na vida

Não deixam saudades

Só as lembranças que doem

Ou fazem sorrir


Há gente que fica na história

da história da gente

e outras de quem nem o nome

lembramos ouvir
São emoções que dão vida

à saudade que trago

Aquelas que tive contigo

e acabei por perder
Há dias que marcam a alma

e a vida da gente

e aquele em que tu me deixaste

não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto

Gelado e cansado

As ruas que a cidade tinha

Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida

gritava à cidade

que o fogo do amor sob chuva

há instantes morrera
A chuva ouviu e calou

meu segredo à cidade

E eis que ela bate no vidro

Trazendo a saudade

domingo, 19 de novembro de 2017

Mãe hoje era o dia do teu aniversário

Hoje precisava ter asas para voar
se soubesses o que te queria dizer
então nos poderíamos abraçar
sem a felicidade podermos conter


Maria Dias
19.Nov.2017






sábado, 18 de novembro de 2017

O amor não morre.....ele se cansa muitas vezes....


O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos. Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. 

A causa? O quotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas... o outro já sabe! Falta magia. Falta o inesperado. O fato de não se ter mais nada a conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer. 


Muitas pessoas se acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes não têm nada a ver com relacionamentos. Outras procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e desejos infindos. Não é possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido.

Se você ama alguém, desperte o amor que dorme! Uma vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume... 

Não permita que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida. Reconquiste! Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas... sabe de uma coisa? Vale a pena! Vale muito a pena!

Pedro Bial


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Sophia Melo Breyner

Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar


Sophia Melo Breyner


06/Nov/1919 
02/Jul/2004

Sophia de Melo Breyner

O mar dos meus olhos

Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes

Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes...
e calma

Sophia de Mello Breyner AndresenNasceu a 6 de Novmebro de 1919Faleceu a 2 de Julho de  2004




quarta-feira, 1 de novembro de 2017

As Marcas o Tempo



As paredes envelhecem
as portas apodrecem
mostram as marcas do frio
do forte calor do estio
do inverno tão frio
as chuvas torrenciais
do pouco e de tudo o mais...
mas essas, podem-se reparar
e assim as recuperar

No ser humano é diferente
ao seguirmos em frente
o tempo deixa marcas
e,  deixa lembranças
profundas recordações
que o tempo nos presenteou
marcas nos corações
no corpo desenhadas,
a vida que em nós ficou

In "Abraço-te"