domingo, 28 de fevereiro de 2016

Oswaldo Montenegro - "Sem Mandamentos": música pra fazer feliz





Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos

De rostos serenos, de palavras soltas

Eu quero a rua toda parecendo louca

Com gente gritando e se abraçando ao sol



Hoje eu quero ver a bola da criança livre

Quero ver os sonhos todos nas janelas

Quero ver vocês andando por aí



Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse

Eu até desculpo o que você falou

Eu quero ver meu coração no seu sorriso

E no olho da tarde a primeira luz



Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto

Eu quero um carnaval no engarrafamento

E que dez mil estrelas vão riscando o céu

Buscando a sua casa no amanhecer



Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada

Rasgar a noite escura como um lampião

Eu vou fazer seresta na sua calçada

Eu vou fazer misérias no seu coração



Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua

Pra escrever a música sem pretensão

Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce

E que triunfe a força da imaginação




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Zeca Afonso - Vejam Bem





Faz hoje 29 anos que o Zeca Afonso nos deixou, tão cedo...vejam bem
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar 
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A crueldade Humana

Este mundo está cheio de crueldade, mata-se por tudo e por nada. Até os filhos, esquecidos que vêm das entranhas, são maltratados, abusados, banidos da sociedade como se de fardos se tratassem. Como é possível causar tamanha dor a seres indefesos e ainda por cima seres do mesmo sangue. Será que esta gente não tem coração? Ou será um coração de pedra?

O que se passa com o ser humano? Porque é que o animal racional age desumanamente, tornando-se cruel, mesmo estando inserido numa sociedade? Não é selvagem, é cruel. E não é selvagem porque é racional e por isso os seus actos são de pura crueldade. É apelidado de “ser superior” porque, como humano, é racional. Então porque se comporta pior que um animal selvagem que jamais tortura ou humilha uma cria. O homem ainda não aprendeu a respeitar a existência alheia. Porque será que o homem pode tanto e atinge tão pouco? Porque o homem se está a transformar numa espécie capaz de cometer actos bárbaros por prazer ou por não se importar com a dor alheia?
Será que está na hora de inventar uma nova humanidade? Uma espécie humana que saiba respeitar o outro.



Fevereiro 2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016


Com uma semana inteira de chuva e hoje vento e chuva, apetece-me recordar:


Não gosto do Inverno não…
Fico com saudades do Verão,
Facilmente ficamos enfermos,
Frio, chuva e os dias pequenos.

Saboreando o quentinho da lareira
Lembro a Primavera que virá a seguir,
Fico feliz, e é assim dessa maneira
Que o meu coração volta a sorrir

O Inverno é como o envelhecer,
Mas quando a Primavera é chegada                      
Tudo, tudo volta a rejuvenescer
Só no ciclo da vida essa alegria é negada.


Maria Dias

Dezembro 2013

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016


Deixa-me escutar o silêncio
Não te rias, não estou a brincar,
Ele murmura-me algo ao ouvido,
Algo importante que quero escutar.

Ele está repleto de sabedoria
Dá-me tolerância, sensatez e paz
Chega de incessante gritaria
Ouve o que de bom  me traz

Sinto-o, mas não o sei explicar
O silêncio rodeia-me, aconchega-me
Embala-me e quieta quero ficar,
Porque fácil é trocar palavras
Dificil é interpretar o silêncio,
As mais lindas palavras são ditas
No profundo silêncio de um olhar!

Maria Dias
Junho 2012


Ivete Sangalo - Quando A Chuva Passar







Pra que falar

Se você não quer me ouvir?

Fugir agora não resolve nada



Mas não vou chorar

Se você quiser partir

Às vezes a distância ajuda

E essa tempestade

Um dia vai acabar



Só quero te lembrar

De quando a gente

Andava nas estrelas

Nas horas lindas

Que passamos juntos



A gente só queria amar e amar

E hoje eu tenho certeza

A nossa história não

Termina agora

E essa tempestade

Um dia vai acabar



Quando a chuva passar

Quando o tempo abrir

Abra a janela e veja

Eu sou o sol

Eu sou céu e mar

Eu sou céu e fim

E o meu amor é imensidão



Só quero te lembrar

De quando a gente

Andava nas estrelas

Nas horas lindas

Que passamos juntos



A gente só queria amar e amar

E hoje eu tenho certeza

A nossa história não

Termina agora

Pois essa tempestade

Um dia vai acabar



Quando a chuva passar

Quando o tempo abrir

Abra a janela e veja

Eu sou o sol

Eu sou céu e mar

Eu sou céu e fim

E o meu amor é imensidão



Quando a chuva passar

Quando o tempo abrir

Abra a janela e veja

Eu sou, eu sou o sol

Eu sou céu e mar

Céu e fim

E o meu amor é imensidão

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A Borboleta é um insecto
Que começa por ser um ovo,
Ainda sem qualquer aspecto,
Algum tempo sem nada de novo

Depois passa para larva
Que é a sua fase mais longa,
Essa  é a luta que trava
Passa a casulo e fica pronta,

Pronta para desabrochar
E do monstro sair,
E finalmente na “bela” se tornar
Quase pronta para fugir.

Borboleta colorida, tão bela,
Já preparada para voar,
Voa, como se saísse duma tela,
Companheiro quer impressionar

O objectivo é acasalar
E terá que ser depressa
Para a espécie perpetuar
Antes que a morte aconteça


Borboletas são tão belas
O que seria delas
Se não pudessem voar?
O céu e as estrelas
Não poderiam vê-las passar!


Maria Dias
Abril 2012








Na Boutique da Cultura, hoje foi o último espectáculo do Boa Noite "Desejo". Recordo os meus poemas que fizeram parte do mesmo:


Paixão

O teu corpo incendeia-se de paixão
Com o teu cabelo a esvoaçar ao vento
Formando anéis de raros diamantes
Abro-te finalmente o meu coração
E tornamo-nos verdadeiros amantes

Amantes loucos de paixão e desejo
Com ânsias de prolongar o momento,
Deixa-me olhar-te e sentir o que vejo
Guardar para sempre este sentimento

Os meus dedos percorrem o teu corpo
Para guardar na memória os seus traços
Porque estes momentos sabem a pouco
E eu quero perder-me nos teus braços



O Desejo

Desabotoou-lhe a camisa
Ficaram ali…. Pele contra pele
Sentiram aquela suave brisa,
A cor clara dela contra o castanho dele
A macieza dela contra a aspereza dele …

Olharam-se, já não pensavam,
O tempo de pensar, viera e partira.
Não importava se se cansavam
O prazer até justificava tudo,
A tranquilidade apagava aquela ira.

O sonho dava lugar ao pensamento
A alegria dava lugar à tristeza,
Era hora de viver o momento,
Era hora de viver a certeza.

Deram-se um ao outro lentamente
Esquecendo todos os problemas,
Sentiram o silêncio, as penas,
O tempo parou  certamente!


O amor acontece

Quando o meu olhar
se cruza com o teu
E o silêncio permanece
Os dois subimos ao céu
E o amor acontece…

Afastamos os pensamentos
E assim muito juntinhos
Fugimos por momentos,
Envolvemo-nos num abraço
E na permuta de carinhos…

É um abraço que afaga,
Um olhar que acaricia,
Uma alegria que contagia,
Um Amor que se propaga
E um desejo que sacia




terça-feira, 2 de fevereiro de 2016


Deitada à beira mar adormeci
Caí num sono profundo,
Por momentos ali permaneci
E fiquei no meu mundo…

Fiz da areia a minha cama
Fiz do mar o meu lençol
Fiz da minha vida uma trama
Fiz de mim um raio de Sol!


2012