O
CANTINHO DA POESIA, PENSAMENTOS, CONTOS E
OUTROS…..
Outubro, dias mais
pequenos, mais frescos, regresso às escolas, Outono…
Outono! Árvores despidas
Lembram-nos entristecidas
Uma despedida do Verão,
Uma saudade dessa estação.
Mas ao mesmo tempo,
É um deslumbramento
Ver a natureza se transformar
As folhas caem e andam no ar,
O Sol tem um brilho especial,
E toda a beleza natural
É como um local encantado
Onde tudo é mais dourado
Porém, há uma certeza
O Outono é a natureza
A mudar, a envelhecer,
Mas que voltará a renascer!
No homem não é assim
As estações da vida têm fim,
E mesmo sem as esquecer,
Acabam, não há rejuvenescer!
E porque
no Homem as estações da vida têm um fim,
sinto-me no Outono da vida, com saudades da Primavera e do Verão quando olho o
espelho, mas interiormente com uma serenidade nunca dantes alcançada e ainda
muita força para viver.
O seu olhar deslizou para o lado
Pousando no vidro frio do espelho,
(Ela raramente olhava para o
espelho)…
Quedou-se de um modo velado.
Durante o tempo que decorrera
em que encontrara o seu eco,
Algo desaparecera.
Olhou-se…
Avaliou-se…
Sabia o que perdera,
Este reflexo agora pertencia
a uma mulher adulta,
substituia o outro que não esquecia,
mas que partiu, já não existia.
Não restava espaço para a juventude
Para a frescura de outrora,
Restava apenas a plenitude
Restava apenas a serenidade,
Concedidas pela idade,
A gozar pela vida fora!
Maria Dias
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