As pessoas quando começam uma relação querem muito que seja
para sempre, e isso fá-las acreditar que será mesmo para sempre. E depois,
quando acontece uma discussão mais pesada ou uma incompatibilidade mais forte,
desistem logo. Porquê? Porque não se imaginam a viver assim “o para sempre” que sonharam. Logo, nas suas cabeças, não
poderá ser aquela “a tal pessoa”, e
acabam a relação. Mas “o para sempre”
dos contos de fadas não é igual ao da vida real. Na vida real “o para sempre” faz-se todos os dias, dia
a dia, bocadinho a bocadinho. Faz-se de discussões ultrapassadas, de defeitos
imutáveis aceites, de cedências, de erros que merecem ser perdoados, e de erros
que têm de ser corrigidos, corrigidos. Faz-se até de muitos “nunca mais”. Um “para sempre” não se conquista, vai-se conquistando. E é isso que as
pessoas têm de entender para não passarem a vida a experimentar aqui e acolá e
a tentar aqui e acolá, à espera de encontrar, o encaixe perfeito.
In “Larga quem não te agarra”
de Raul Minh’alma
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