quinta-feira, 23 de agosto de 2012


O seu olhar deslizou para o lado
Pousando no vidro frio do espelho,
(Ela raramente olhava para o espelho)…
Quedou-se de um modo velado.
Durante o tempo que decorrera
em que encontrara o seu eco,
Algo desaparecera.
Olhou-se…
Avaliou-se…
Sabia o que perdera,
Este reflexo agora pertencia
a uma mulher adulta,
substituia o outro que não esquecia,
mas que partiu, já não existia.
Não restava espaço para a juventude
Para a frescura de outrora,
Restava apenas a plenitude
Restava apenas a serenidade,
Concedidas pela idade,
A gozar ainda pela vida fora!

Maria Dias
Agosto 2012

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