Ela fechou os olhos, inclinou o rosto em direcção ao céu e deixou
que a brisa marítima lhe fizesse cócegas nas pálpebras…gaivotas a conversar
mais ao longe na praia, um insecto que passou junto ao seu ouvido, ondas suaves
que batiam ritmadamente na praia. Foi avassalada por uma enorme sensação de
serenidade ao fazer corresponder a respiração com o ritmo do mar. A chuva
recente remexera a água salgada e o odor intenso misturava-se no vento.
Abriu os olhos e contemplou a paisagem com lentidão…achou
maravilhoso, sentiu invadir-se por uma alegria imensa e pensou: “É isto o que
os pássaros devem sentir quando voam por cima da praia”. Aquela alegria era como
uma brisa suave. Um sentimento tão intenso e ao mesmo tempo tão simples.
Questionou-se sobre o porquê de complicarmos as coisas. Quis
entender o porquê dos nossos olhos se gastarem no dia-a-dia, parecendo por
vezes opacos, e quando isso acontece instala-se no nosso coração o monstro da
indiferença.
Mas que ironia esta, a de tanto querermos e acabarmos por esquecer
as coisas mais simples da vida, tão simples como a natureza, que se nos oferece
simplesmente ao nosso olhar, para que dela desfrutemos e nos possamos sentir
cheios de alegria por viver!
Maria Dias
E uma suave brisa passou ao de-leve por mim,abri os olhos e vi este teu sentir escrito nas asas da gaivota que voava sobranceira,a areia da praia,onde me deixava embalar,lindo!!! beijinhos :-)
ResponderEliminarObrigada amiguinha, beijinhos
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